segunda-feira, 23 de maio de 2011

Artigo de opinião sobre a atual e futura situação da Engenharia Civil

A engenharia civil costuma ser classificada como a atividade diretamente envolvida na criação, renovação, reparação e extensão dos ativos físicos essenciais para a sociedade, tais como, entre outras, estradas, pontes, edifícios etc. Esta definição clássica e de certa forma superficial (do ponto de vista social) corresponde à visão tradicional e restrita da Engenharia. Essa forma tradicional de classificação da atividade incorpora apenas a componente industrial da profissão deixando de lado a sua contribuição direta para a qualidade de vida e o ambiente.
No entanto, analisando mais profundamente o ponto de vista social da classificação citada identifica-se que o objetivo da engenharia civil centra-se na melhoria da qualidade de vida, logo os novos produtos da atividade devem ser adequados às necessidades e integrar-se de forma eficiente no complexo social.
Analisando de uma forma mais ampla: a engenharia civil é muito mais do que o ato de construir propriamente dito, pode ser entendida como um conjunto variado de atividades que contribuem para responder aos principais desafios/necessidades da economia e da sociedade, como: a simples produção de ativos físicos, gestão dos modos de vida e das condições ambientais de toda a sociedade. Assim, o objetivo (mais contemporâneo e por assim dizer: futurista) principal da engenharia civil não é a mera produção de estruturas, de habitação, de locais de trabalho ou de obras. No essencial, trata-se de construir e garantir a eficiência dessas estruturas ao longo de todo o seu ciclo de vida, ou seja, a sua produção, manutenção e conservação até à respectiva demolição.
Neste sentido, uma abordagem ampla da engenharia civil introduz uma outra visão do setor e dos seus desafios não apenas relacionada a construção mas também com uma nova ótica no sentido de prestação de serviços e a gestão de ativos. Na realidade, o valor das engenharias em especial a civil resulta do fato de elas serem o motor do crescimento e o catalisador para as outras atividades da sociedade. Por isso, o exercimento eficiente da profissão de engenharia assegura a “qualidade de vida”, boas condições aos negócios e as necessidades de infraestruturas para responder às demandas da sociedade.
Como conclusão, a Engenharia não deve ser encarada, apenas, como uma atividade produtora de bens, mas, também, como parte do processo de criação e manutenção do produto com um todo, ou seja, da qualidade e dos modos de vida da sociedade. Daí, a sua importância estratégica e a sua perspectiva de crescimento para o futuro. Porque o desenvolvimento implica, necessariamente, na melhoria da qualidade de vida e, logo, na atividade da engenharia civil. Assim sendo, valorizar a engenharia civil, tendo em conta a sua importância no desenvolvimento sustentado, deve ser uma prioridade pros governos do mundo todo.


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